Cocar Kayapó de Canudo
COCAR DE CANUDO KAYAPÓ
O cocar é, tradicionalmente, um símbolo de luta e resistência para os povos indígenas, artefato usado em momentos de luta e também nas festas e rituais pelos guerreiros Kayapó.
Os canudos utilizados nesse adorno foram reaproveitados, ou seja, deixaram de ir pro lixo e poluir o planeta e se tornando um adorno tradicional nas aldeias e um objeto de arte contemporânea nos centros urbanos.
A idéia de usar o canudo como matéria-prima surgiu após um grande incêndio que devastou a aldeia Môikarakô, Terra Indígena Kayapó, PA, nos anos 90. Embora não tenha deixado vítimas, o fogo queimou praticamente todas as casas da aldeia e boa parte dos pertences de seus habitantes, dentre eles os cocares de penas dos guerreiros. Após perderem tudo e construírem uma nova aldeia, os Kayapó queriam celebrar, porém não conseguiriam penas suficientes para fazer seus cocares e adornos, e foi assim que um dos guerreiros teve esta brilhante idéia de reaproveitar os canudos. O cocar de canudo (pidjôkango oicõ djã nho meàkà) é uma amostra da inventidade Kayapó: misturando técnicas tradicionais com novas matérias-primas.
Os artesãos contam que os canudos chamaram sua atenção devido ao seu efeito cromático semelhante ao das penas. Hoje em dia os guerreiros kayapó usam tanto os cocares de pena quanto os de canudos em situações cerimoniais nas aldeias.
Com a proibição da comercialização de cocar de pena, pelo IBAMA, o cocar de canudo se tornou uma alternativa sustentável de geração de renda para os Guerreiros Kayapó, mantendo viva e repassando para as futuras gerações a técnica tradicional de produção de cocares.
Matéria-prima: Canudos de plástico, linha encerada e linha de algodão.
Dimensão (altura x largura): 37cm x 39cm
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Língua: Kayapó. Família linguística: Jê. Tronco linguístico: Macro Jê.
Localização: região do rio Xingu. Sul do PA e norte do MT.
População: 8.638 (Funasa, 2010)
No século XIX , os Kayapó estavam divididos em três grandes grupos, os Irã'ãmranh-re ("os que passeiam nas planícies"), os Goroti Kumrenhtx ("os homens do verdadeiro grande grupo") e os Porekry ("os homens dos pequenos bambus"). Destes, descendem os subgrupos Kayapó atuais: Gorotire, Kuben-Krân-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Mekrãgnoti, Metyktire e Xikrin. Apesar da etnia se autodenominar Mebengokre, o termo Kayapó surgiu através de grupos vizinhos para nomeá-los, significando "aqueles que se assemelham aos macacos". O motivo se deve provavelmente a um ritual onde durante semanas, os homens Kayapó, vestidos com máscaras de macacos, executam danças curtas.
Fonte: Instituto Socioambiental / ISA